terça-feira, 15 de novembro de 2011

Ainda aprendendo

Hoje de manhã tive a sensação que seus dedos tocaram os meus lábios. Ainda perdido no mar revolto de lençóis, minha mente corre atrás de você.

Lembrei da sua risada daquela bobagem dita numa dessas noites, quando falamos sobre quase tudo e quase todos. Agora sei que não falamos tudo o que devíamos. Restaram palavras não ditas, não laçadas e que agora ficaram vagando desnorteadas sobre a cama.

Ainda sonolento, fecho as cortinas, tento manter tudo escuro porque sem a luz do dia meu pensamento ainda te alcança.

Como uma rosa do verão, eu sou vítima do outono e sei que retorno em breve. Aos passos de um homem velho, de uma garota de cidade pequena que a metrópole devora. Devagar, mas não alheio. Lento, não displicente.

Prefiro assim. Não lembro de nada feito com pressa que tenha realmente valido a pena. Vivo um silencio intencional, encaro as regras da solitude que machuca sem deixar vestígios.

Mas o mundo tem pressa e vem outro dia, outra chance de fazer direito.

Ainda estou aprendendo...